
Esse foi um livro que eu li em partes. Não que a leitura fosse difícil, na verdade é bem fluida, mas, ultimente manter o hábito da leitura tem sido mais difícil.
O conceito de criar a história se baseando nas fotos antigas é bem legal, mas eu achei que ficou forçado. Parece que o autor se sentiu na obrigação de encaixar as fotos e em vários trechos isso gerava um estranhamento. Do nada o personagem principal achava as fotos ou via em um quadro, etc etc. Diversas situações foram criadas para encaixar essas tais fotos.
Sobre esse primeiro livro, para falar a verdade não acontece muitos coisa não. Ele é bem mais uma introdução dos personagens para a continuação da série do que uma grande história por si. Tem sim alguns momentos de suspense, tensão e até um pouco de humor.
E os personagens são carismáticos, principalmente o menino invisível Millard e é fácil simpatizar com o personagem principal.
Sobre a história, basicamente, depois da morte violenta do avô, Jacob passa a acreditar nos monstros das histórias que ele ouvia quando pequeno. Já a família acredita que as circunstâncias levaram Jacob a fugir da realidade inventando os fatos daquela noite. Assim, ele acaba diagnosticado com stress pós traumático e é incentivado a visitar o orfanato onde o avô cresceu para descobrir se as histórias são reais ou não.
Passei o livro todo achando que ele tinha uns 13 anos, mas acabei de ver que eram 16…ops…isso que dá ler aos poucos, os detalhes são perdidos.
O conceito dos peculiares é interessante, e tem paralelo com a realidade. Por que eles devem ficar isolados e se esconder? Não é culpa deles serem diferentes. Mas, por serem diferentes eles são perseguidos. Essas são algumas questões levantadas no livro.
Difícil comentar sem dar muitos spoilers, mas, outro fato interessante é que a noção de moral que essas crianças têm é bem diferente da usual. Seja por eles terem vivido a mais de meio século atrás ou por terem vivido como crianças todo esse tempo. É interessante como eles acabaram com uma versão distorcida do mundo. Mas, na minha opinião, tanto tempo fora da realidade seria muito mais prejudicial do que o mostrado nos livros.
Fora isso, não sei se é impressão minha mas como em muitos livros tudo acontece no final. Parece que as partes importantes acontecem nos cinco capítulos finais, quem é o vilão, o ataque, tudo, e com o propósito de dar brecha para o próximo livro.
No geral foi uma leitura agradável, talvez eu veja o filme só para ver o que tem de diferente.