Estava na dúvida se faria essa review ou não mas, acabei de saber que a série será renovada para mais duas temporadas, finalizando a história, o que me deixou bem contente.
Então, porque não fazer uma review.
Essa é uma série lançou há pouco tempo no Netflix e é baseada na série de animação de mesmo nome, (em português é Avatar: A lenda de Aang), lançada pela Nickelodeon em 2005. Na verdade, eu só fui assistir a série completa no Netflix alguns anos atrás.
Então vamos a review.
A história acompanha a jornada de Aang, o último dobrador de ar para se tornar o Avatar, o único capaz de controlar, ou “dobrar” na tradução em português, os quatro elementos ( água, terra, fogo, ar ), para isso ele vai contar com a ajuda inicialmente de Sokka e Katara, dois irmãos da Tribo da Água do Sul.
O desenho em si toma fortes inspirações dos animes japoneses, no estilo de desenho, nas expressões, talvez até o formato em arcos ou livros no caso. Além disso, diversos elementos da cultura oriental são utilizados, por exemplo, a maneira de dobrar os elementos são variações de artes marciais. E o Avatar também é um líder espiritual, presença muito comum nas religiões orientais.
A série se tornou muito querida pelos fãs e teve até continuação (Avatar: A lenda de Korra). Mas, por ser uma série tão querida, havia sim um medo quanto ao resultado de uma adaptação, ainda mais com a notícia de que os criadores da série haviam saído do projeto do live action.
E, claro, a série não é perfeita mas, ela é muito agradável de assistir. Bate aquela nostálgia, sabe? Eu senti o mesmo assistindo tanto o live action de One Piece como do Yuyu Hakusho. Recomendo.
Os cenários estão muito bem feitos, as dobras, acho que é foi um dos melhores efeitos de “superpoderes” que eu já vi. Não ficou parecendo que a pessoa estava agitando as mãos à toa (já viram a Roda do Tempo no Prime? Então…). Em termos de cenário não tenho reclamações. Eu diria que está qualidade de cinema, muito diferente do Percy Jackson, que deu dó. O roteiro então… Essa série dá vontade de reassistir Avatar e ver o que mudou. Já o Percy, eu fiquei me perguntando, se a série era baseada no livro mesmo porque eu não lembrava de nada. E eu gostava muito de Percy Jackson na época.
Mas, voltando, quanto ao roteiro de Avatar, houveram algumas escolhas meio estranhas, como spoiler alert o Aang não tentar aprender a dobra de água mesmo querendo se tornar o Avatar. Além disso, poderiam ter gasto uns 10 minutinhos da Katara aprendendo a dobra de água com o mestre Pakku, ao invés de ser um gênio da dobra. Aliás essa foi um cena de ação que algumas partes não ficaram tão boas para mim, mas ok. Algumas histórias foram agregadas e perderam um pouco da importância que tinham na original mas, considerando que são apenas oito episódios eu gostei bastante. Vi vários comentários na Internet dizendo que essas mudanças estragaram a história. Para mim não. A essência do desenho ainda está lá. Houveram adições legais como o ataque da Nação do Fogo ao Templo do Ar e um pouco do back story do Zukko.
Quanto aos atores, diria que ok. Achei muito legal que eles escolheram atores que estão de acordo com as etnias dos personagens. O que significa asiáticos ou com ascendência nativa. Quem imaginaria uma produção ocidental assim uns 10 anos atrás, né? No geral, a caracterização ficou bem legal, a única que eu não gostei foi a peruca da Princesa Yue, pior que cosplay.
Para mim, os que mais brilharam foram Zukko (Dallas Liu) e Iroh (Paul Sun Hyung Lee). Confesso que inicialmente não gostei muito do Zukko porque a imagem dele não batia muito com a do desenho. Mas, o rapaz assumiu o personagem a ponto de eu quase esquecer como era o personagem original. Muito bom trabalho. E claro, Ozai, com o já consagrado Daniel Dae Kim, não precisa nem comentar, né.
Já a Azula e a Mai, parecem duas crianças. Não deu para levar muito a sério.
Uma cena que ficou muito boa mesmo, foi com a Kyoshi. A caracterização ficou bem legal. Essa cena vale pena assistir. Se bem que essa atriz está bem próxima do que eu imaginaria uma Azula do live action.
Os efeitos especiais estão de parabéns, e os animais como o Appa e o Momo ficaram bem ok, dá para perceber que é computação mas está aceitável.
Segue o trailler para quem ficou curioso:
De maneira geral, dou um 8/10. Uma série com um bom ritmo, que traz aquela nostálgia da série original, com cenários e efeitos muito bem feitos.