Review/Opinião: Sempre Vivemos No Castelo – Shirley Jackson

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Page Count: 200
Merricat Blackwood vive com a irmã Constance e o tio Julian. Há algum tempo existiam sete membros na família Blackwood, até que uma dose fatal de arsênico colocada no pote de açúcar matou quase todos. Acusada e posteriormente inocentada pelas mortes, Constance volta para a casa da família, onde Merricat a protege da hostilidade dos habitantes da cidade. Os três vivem isolados e felizes, até que o primo Charles resolve fazer uma visita que quebra…

Já tinha um tempo que eu queria ler esse livro, a sinopse parece bem interessante e ele é bem curtinho.

Para mim foi um livro ok. Não foi suuper, mas foi divertidinho.

Vou tentar não dar muitos spoliers, mas não é como se tivesse alguma revelação tão grande assim.

O livro gira em torno do dia a dia da familia Blackwood que vive isolada dos demais moradores da cidade. A impressão que eu tive é que eles já eram considerados meio estranhos pelos moradores de lá mas, depois que houve  um crime de envenenamento que matou quase metade da família, eles ficaram em uma situação ainda pior.

A familia é composta por Marrycat, cuja mente parece ter parado de amadurecer depois da morte dos pais, Constance de extrema beleza mas que tem muito medo de sair da casa (agorafobia) e o tio Julian que ficou com sequelas do envenenamento e depende de Constance para quase tudo.

Quem narra a história é a própria Marrycat, e eu achei muito boa a caracterização que a escritora deu nesse personagem. Enquanto lia os primeiros paragrafos tive a impressão de que ela era uma menina de uns 12 no máximo 14 anos, então poucas páginas depois descobrimos que na verdade ela já tem 18. Só por isso dá para saber que Marrycat não é lá muito normal.

Existe um certo mistério sobre quem matou realmente a família, mas todo mundo sabe: narrador em primeira pessoa não é confiável, então sem dar spoilers, você já sabe quem foi.

A vida ia normal para a família, se é que se pode chamar de normal, até que o primo Charles resolve visitar. É bem claro que o interesse dele é o dinheiro da família. Enquanto Constance parece contente de ter alguém mais com que possa interagir, Marrycat passa a odiar o rapaz que implica tanto com ela como com tio Julian. Essa interação entre eles é o que leva a quebra do frágil equilibrio que existia até o momento culminando em um final totalmente inesperado.

Eu achei a história um pouco confusa para juntar os fatos. Como eu já comentei, o assassino é óbvio, mas as motivações estão nas entrelinhas. O relacionamento entre as personagens também. Tio Julian parece ignorar por completo Marrycat, e eu tive que buscar para entender o relacionamento entre Marrycat e o tio Julian e, era tão absurdo quanto eu pensei. Já Constance, ao mesmo tempo em que cuida de todos, parece ter uma relação de dependencia muito grande também. É obviamente uma familia disfuncional e, o tempo todo, eu fiquei com uma impressão de estranheza ao ler o livro.

A autora do livro está em alta por causa de outro livro, A assombração da Casa da Colina que foi utilizado com base para a série do Netflix, A maldição da Residência Hill, então vale a pena ler para conhecer, mas não esperem muito.

Aliás eu descobri que tem uma adaptação para filme desse livro. Fica o trailer para vocês:

O elenco parece muito bom, com Taissa Farmiga, Alexandra Daddario e Sabastian Stan. Talvez o filme consiga trasmitir mais a sensação de tensão que eu não senti no livro. Será que foi a tradução?

E você? Já leu algum outro livro dessa escritora? Gostou? Deixe nos comentários.

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