Review/Resumo: O segredo da empregada – Freida McFadden

O segredo da empregada (A empregada – Livro 2)
Series:
Page Count: 0
Não espie por trás da porta! “Freida McFadden segue entregando aquilo que faz de melhor: enganar o leitor da primeira à última página!” – Tiago Valente, booktoker com mais de meio milhão de seguidores Millie está de volta! A aguardada sequência de A empregada. Millie saiu da casa dos Winchesters e está mais uma vez procurando emprego. Agora o segredo que ela precisa proteger é mais sombrio ainda. Achar alguém que não faça mil perguntas…

Esse é o segundo livro da série A emprega. Depois de um primeiro livro decente, porque não ler o próximo livro da série? Foi o que eu pensei e perdi meu tempo.

Se você quer a review do primeiro livro antes clique aqui.

Já aviso que esse vai ser mais um book rant do que uma review. Vai ter spoiler e reclamação sim.

Então, vamos a review.

Depois dos eventos do primeiro livro, era de se esperar que veriamos a história da Millie justiceira salvando mulheres de relacionamentos abusivos mas, não. Essa parte já está no passado, o que me decepcinou um pouco mas, resolvi cotinuar mesmo assim.

Então, o livro começa com a Millie dessa vez  trabalhando de babá para uma mulher rica, as descrições dos ambientes ainda são estranhas e imprecisas, parece que a autora nem se deu ao trabalho de olhar um site de venda de imóveis. Mas, voltando. Tudo parecia bem, até que a bebe que Millie cuida a chama de mãe. A mãe da criança fica transtornada e demite Millie. Ela acaba, então, encontrando um emprego novo com os Garrick, Dougla e Wendy, um casal muito rico que mora em uma cobertura.

O primeiro ponto chato desse livro é que não acontece quase nada nos primeiros 40 capítulos, considerando que o livro tem uns 70 capítulos, metade do livro poderia ser resumido em 10 capítulos, e não, não é uma estratégia para enganar o leitor, a maior parte dessa primeira parte é a Millie sofrendo com o novo relacionamento.

Porque de alguma maneira, Millie estava namorando Enzio, o jardineiro que ajudou Nina no livro anterior depois de uma noite tórrida de amor, sim a pieguisse foi proposital. Como eles começaram o relacionamento, vai saber. Mas, Enzio se tornou parceiro de Millie na vida justiceira e, dá-se a entender que ele tem alguma ligação com o submundo mas, isso nunca é desenvolvido direito.

Quando Enzio precisa ir para Itália, cuidar da mãe doente, o relacionamento termina e de alguma maneira essa pobre empregada, sem contatos, sem vida social, morando em um muquifo, consegue um novo relacionamento com um advogado bem estabelecido chamado Brock e cara é um amor, louco por ela. Queria saber qual o segredo dela, porque a gente sabe o quão díficil é na vida real.

Mas, voltando, metade dos capítulos focam na Millie e o medo de revelar o passado criminal dela para o Brock e a outra metade é ela comparando o relacionamento com o do Enzio. Maçante para dizer o mínimo. Tanto que eu demorei quase um mês para passar esse obstáculo literário.

Millie tem um conflito com um vizinho, que não adicionada nada a história. Ela passa a achar que esse vizinho a persegue mas, qualquer um vai perceber que é o Enzio dando uma de anjo da guarda as escondidas, sabe-se lá porque.

Em paralelo, Millie começa a desconfiar que a nova patroa dela, Wendy, está sendo abusada pelo marido. Sendo a pessoa intrometida e irracíonal que ela é, Millie resolve ajudar Wendy. Porque, claro que um cara super rico da tecnologia não teria cameras na própria casa. E, claro que faz todo sentido você tentar resgatar uma pessoa, levá-la até um Motel e usar seu nome verdadeiro para pedir um quarto. Isso porque, você passou pelo menos 3-4 anos ajudando mulheres na mesma situação mas, de alguma maneira não aprendeu nada, nem a usar um disfarce, nem a trocar de carros no meio do caminho. Qualquer coisa dessas que a gente vê em série. Para ter uma ideia, ela não tem nem uma identidade falsa, nem um planejamento nada. Faz todo sentido mesmo. Acho que o Enzio devia ser o cérebro da dupla.

E obviamente o plano dá errado. E Wendy volta para a cobertura. Millie descobre que Enzio era o perseguidor, eles se aproximam.

Passado esse drama dos 40 capítulos, a história finalmente começa a se desenvolver e aí sim pega um bom ritmo. Terminei em uns 2-3 dias. Talvez se os primeiros capitulos não fossem tão massantes eu teria dado uma nota melhor para o livro. Mas, continuando.

Coisas acontecem, Millie acha que o risco contra a vida de Wendy é real. Wendy mostra a ela uma arma, e eventualmente, Millie flagra Douglas Garrick tentanto sufocar a patroa. Millie intrometida que é pega a arma e acaba atirando nele para matar.  Porque faz muito sentido você matar alguém ao invés de tentar acertar, não sei? Na perna e chamar a polícia? Muito inteligente da parte dela… Mas, a arma já é uma pista de que Wendy fez isso de propósito.

Na verdade, eu não desconfiei muito da Wendy até ela pedir para Millie deletar as mensagens trocadas entre ela e o marido depois do assassinato. Não posso afirmar mas, acredito eu que a perícia conseguiria recuperar essas mensagens ou pelo menos conseguiria descobrir que foram deletadas, novamente o trabalho de pesquisa da autora deixa a desejar. Depois de quase ser presa e pedir ajuda para Brock, ele descobre o passado de Millie e acaba terminando. Ela então se reaproxima mais de Enzio.

Enfim, as pistas plantadas por Wendy levam a Millie e aí eu senti um repeteco do livro anterior. Assim como Nina havia manipulado Millie, Wendy o fez para que Millie matasse o marido. Será que a autora vai usar essa fórmula mais uma vez? Está ficando manjada e eu que não vou pagar para ler.

O plot inesperado é que, na verdade, a Millie não matou ninguém. Acho que essa foi a única parte interessante desse livro. Porque usar Millie para matar um marido abusivo podia ser aceitável e esperado considerando o primeiro livro. Mas, ao ver o notíciario, Millie percebe que o homem da foto, o verdadeiro Sr. Garrick, não é a mesma pessoa que ela achava ser seu patrão, apesar de serem parecidos. E com a ajuda de Enzio, Millie, finalmente, entende que ela foi enganada. Sério, ela não percebeu isso sozinha não.

E agora temos a mudança do ponto de vista para Wendy, assim como no primeiro livro. E eu achei bem bobinho, decepcionante. Motivo é dinheiro, obviamente. Mas, ao invés de se separar e levar 10 milhões, Wendy resolve ter um caso, e descobre depois que o pré nupcial, (que qualquer pessoa com o mínino de noção conferiria todas as cláusulas), retira o direito ao dinheiro em caso de traição. Não sei como a autora quer que a gente engula uma ideia dessas dessas. A mulher faz todo o esquema de conquista, casa com o cara e não lê o pré nupcial? Sério isso?

Continuando, Wendy resolve então, como uma pessoa razoável que é, matar o marido e ficar com a herança. Ela cria essa história mirabolante de estar sendo abusada fisicamente depois de ouvir falar da fama de Millie em ajudar mulheres que sofrem abuso. A parte mais bizarra é que Wendy aprende maquiagem realista para simular as agressões e mesmo assim pede para o amante bater nela de verdade. Isso que é dedicação. Mas, se você vai apanhar mesmo, porque raios precisaria da maquiagem? Não sabemos.

Enfim, Wendy acha que fez o plano perfeito, sendo que para mim, isso não se sustentaria em nenhum lugar mas, vamos considerar que sim, pelo bem do livro. Ela resolve então comemorar no chalé do amante, que eu até esqueci o nome. Mas, a parte importante é que ele é marido da secretária do Sr. Garrick.

E logo eu já sabia que eles iriam morrer, Wendy viu a janela aberta, uma garrafa de vinho no meio da mesa, veneno, óbvio. E aí vem um mini twist, porque não é Millie que os mata. É a secretária do Sr. Garrick, mulher do amante que eu também esqueci o nome. E olha, é esse twist que não convence ninguém: quem deu a ideia foi a Millie. Sério? Aquela que não percebe que foi manipulada duas vezes, consegue manipular a outra mulher a matá-los e passar por assassinato seguido de suícidio? Em menos de um dia? Isso que a assassina não parece ter tido cuidado nenhum em não deixar vestígios na cena do crime.

E a autora ainda quer vender que a Millie é inteligente, porque ela usou o remédio do coração que o Garrick usava para matar Wendy. Mas, ela que dá o remédio, já que por uma coincidencia do destino Brock usa o mesmo remédio. Enfim, e para melhorar ela ainda solta um “se quisesse teria matado ele com esse remédio e ninguém descobriria”. É mesmo gênio? Ah vá. Sério, ninguém merece.

Inocentada, já que o Sr. Garrick tinha colocado cameras na casa, Enzio vai morar com ela, levando caixas e caixas para o pequeno apartamento, mesmo que alguns capítulos antes, a kitnet dele tenha sido descrita como minúscula e com quase nada além de um futon. E é isso.

Fim.

2,5 de 5, se você estiver com paciência.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rate this review:

Translate »