Brilhante, audacioso, sedutor, mestre do disfarce e do jiu-jítsu, Arsène Lupin é a irônica resposta francesa a Sherlock Holmes: um ladrão refinado e anarquista, espécie de Robin Hood da Belle Époque.
Esse livro eu peguei em uma promoção da Amazon. Na época, eu nem sabia que a Netflix ia lançar uma série inspirada, bem vagamente, nesse personagem. Vou deixar o trailer para vocês.
Eu assisti os primeiros episódios e o personagem principal utiliza algumas da peripécias das histórias de Arsene como inspiração para seus atos de vingança. Já o Arsene do livro, eu considero um “hacker” dos roubos. Ele fica contente em ter o dinheiro? Com certeza! Ele não é nenhum Robin Hood como a sinopse diz, pelo contrário mas, muito ele faz também pelo desafio de saber que pode enganar e invadir qualquer sistema de segurança, físico, no caso.
Esse livro, eu demorei um bom tempo para terminar, como sempre. Em parte por serem histórias bem pequenas, então, eu não fiquei com aquela vontade de continuar a ler até o final de uma vez e outra parte porque, como eu já comentei, eu já fui muito viciada em histórias de detetive e essas as primeiras histórias da coletânea, (varia de acordo com a coletânea mas achei de 11 a 19 livros), para mim foram meio óbvias.
A edição que eu tenho é a da Zahar de bolso, (aliás se alguém da editora quiser me mandar uns livros, eu adoro clássicos), cada história não teve mais que 20 páginas, a tradução muito boa, como sempre.
Tiveram duas histórias que eu achei muito boas nessa coletânea. A primeira foi a “Fuga de Arsène Lupin” que eu achei bem engenhosa, o autor tenta confundir o leitor e quase consegue. Já a segunda é “O colar da rainha” que reconta a história do desaparecimento de um colar que aconteceu na casa anos atrás, não posso dar spoilers, mas ela me surpreendeu, o culpado era óbvio, mas fique boiando até o momento da revelação.
Uma coisa que eu achei engraçada é que Arsene é um tanto boêmio e até se apaixona por uma personagem ao longo desse livro e, provavelmente esse relacionamento evolui nos próximos, indicando que ele possa vir ter filhos, e sim realmente ele tem filhos (obrigada Google). Isso, aliás me lembra de uma série japonesa super clássica inspirada no personagem, na verdade no neto dele, Lupin III. Eu cheguei a assistir quando era bem mais nova e não lembro mais nada. Mas fica aqui também o trailer do novo filme, em 3D! Não sei como os japonese não entraram nessa antes, a qualidade dos games deles é fantástica.
Então, realmente os livros do Arsene são um clássico, apesar de não terem me encantado tanto. Por fim, não podia deixar de comentar sobre a última história “Herlock Sholmes chega tarde demais”. Arsene Lupin contra Herlock Sholmes, que era Sherlock Holmes, na verdade, e trocaram o nome por questões de direitos autorais. Como fã de Holmes, achei totalmente fora do perfil do nosso querido detetive. Aliás, essa edição tem um pouco da explicação da obra e segundo ela o próprio Maurice LeBlanc não havia lido os livros do Sherlock Holmes. Acho que foi um golpe de publicidade, porque o personagem descrito ali não tem nada a ver com o Sherlock.
Enfim, um bom livro para passar o tempo, com histórias curtas e não muito complexas.
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