Lendo, Para comprar

As mil e uma noites

Nas resoluções de ano novo estão ler todos os livros que comprei ano passado, mas, não tive tempo de ler.
Comecei pelo mil e uma noites, edição traduzida da Biblioteca Azul, reunindo as diversas vertentes como as árabes e egípcias totalizando quatro volumes de contos.
Tinha lido, há muito tempo atrás, uma versão para jovens. A base é a mesma, um rei, revoltado pela traição, mata sua mulher e resolve se casar, a cada noite, com uma jovem de seu reino para mata-la na manhã seguinte já que não acredita que nenhuma mulher possa ser fiel.
Preocupada com a situação, Scheherazade, filha do grão vizir, pede para se casar com o rei alegando ter um plano. Logo descobrimos que o plano dela é, a cada noite, contar para o rei partes de um conto, e esses o deixam tão interessado pela continuação que ele se torna incapaz de matar a moça.
E acho que este é um livro para ser ler assim, aos poucos, um conto de cada vez, ou alguns dias por dia. Tem muito da mitologia desses países que temos tão pouco contato, apesar de ser um livro de contos essa edição não é para crianças.
Assim como contos de fadas, que eram originalmente histórias mirabolante contadas por homens a beira da fogueira e só muito mais tarde foram amansadas para se tornar aquelas fofuras da Disney, as histórias do mil e uma noites possuem essa mesma crueldade e maturidade. Se vocês não sabem do que estou falando, mesmo na versão dos irmãos Grimm as irmãs de Cinderela cortam fora partes dos pés tentando encaixar os sapatinho e é melhor nem falar da Bela Adormecida, os interessados que procurem.
É perceptível que houve um grande trabalho de pesquisa e o livro tem uma tradução precisa, cheia de notas de rodapé, sendo baseada em diversos textos espalhados pelas bibliotecas do mundo, tenho a impressão que o fluxo da leitura é prejudicado em prol da precisão da tradução. Existem alguns trechos repetitivos, como a cada noite a irmã de  Scheherazade pedindo para continuar o conto. Mas, os contos em si são bem legais, ainda não peguei nenhum famoso, como Alandin ou Alibaba (que me lembra do mangá Magi, no arc final, boa história com várias referências) mas vamos avançando aos poucos.
Isso aí pessoal, note pifado escrevendo do tablet, e até a próxima

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